A história vem se moldando à possibilidade de abrir cada vez mais espaço para as mulheres na política.
A luta dos movimentos femininos inclui em seus registros o nome da cidade de Mossoró, no estado do Rio Grande do Norte. Em 1928, esse estado nordestino era governado por Juvenal Lamartine, a quem coube o pioneirismo de autorizar o voto da mulher em eleições, o que não era permitido no Brasil, mesmo a proibição não constando da Constituição Federal.
Posteriormente esses movimentos foram crescendo e acabou sendo o voto feminino regulamentado no Governo de Getúlio Vargas em 1934.
Dai em diante, a representatividade feminina em movimentos sociais totalmente voltados a diferentes bandeiras, ampliaram o espaço da mulher no poder. E diferentes bandeiras hoje, são defendidas com entusiasmo e engajamento. Essa luta acabou ampliando ainda mais a participação da mulher
Em 2009 houve um grande movimento de pressão para mudar as regras das eleições gerais de 2010, de forma a garantir que mais mulheres fossem eleitas. Na “minirreforma” política de 2009, a redação do artigo 10º da Lei Eleitoral foi mudada para garantir que “cada partido ou coligação preenchesse o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada sexo”. Note que a Lei não diz que deve ser mulheres e sim gênero. Não podendo também o partido montar uma chapa com 8 mulheres e 2 homens
Mesmo assim, as efetivas conquistas em cargos eletivos, estão longe de preencher o mínimo desta cota, obrigatórias para disputar as eleições proporcionais, mas não para efetivamente o preenchimento dos espaços dos eleitos.
No caso das mulheres na bancada feminina, os números cresceram e passaram dos 10% com 51 deputadas eleitas em 2014, para 15% com 77 deputadas federais eleitas em 2018, dos 513 parlamentares que compõe a Câmara Federal.