As próximas eleições serão marcadas por um público, ainda que minoritário, que se posiciona com idealismo e fortes opiniões. Trata-se da Geração Z, aquelas pessoas nascidas entre 1995 e 2010 e que não conheceram o mundo sem o acesso à internet. São chamados também de Gen Z ou de nativos digitais.
Para se ter uma ideia, nas últimas eleições gerais, em 2018, quase 4 milhões de eleitores entre 16 e 20 anos foram às urnas. Dados publicados em junho deste ano pela Justiça Eleitoral, revelam que já são 7 milhões de eleitores nessa faixa etárias. Desse total, cerca de 688 mil emitiram os títulos eleitorais facultativamente.
Com direito ao voto, sendo grande parte usufruindo desse direito pela primeira vez, esses eleitores serão responsáveis pela mudança no cenário eleitoral pois atuam ativamente na internet e estão atentos às movimentações políticas.
Além de potenciais consumidores engajados nas mídias sociais, preferencialmente no Instagram, Tik Tok e Twitter, a Gen-Z também faz uso da internet para consumir política. Eles buscam informações sobre o perfil dos candidatos, sua vida pregressa, se tem histórico criminal e ideologias defendidas pelos respectivos partidos.
Sendo assim, essa geração deve fazer parte das estratégias de campanha. Considerando que o posicionamento atrai eleitores, é preciso se conectar com esse público com uma linguagem dinâmica, clara e objetiva, afinal a Gen-Z já sabe distinguir candidatos que se baseiam em evidências e propõe soluções reais daquele que aparece periodicamente.
Para reforçar essa ideia está a pesquisa da consultoria Quaest, publicada há um ano, mostra que a presença digital amplia, em 30%, a chances de vitória nas urnas e que a popularidade digital foi um fator fundamental para candidatos que disputaram – e venceram – as eleições municipais.